quarta-feira, 1 de junho de 2011

Por causa de André, Lázaro Ramos é chamado de ‘safado’ e apanha na rua

Elizabete Antunes

Lázaro Ramos, que interpreta o polêmico André Gurgel em “Insensato coração”, falou ao blog sobre seu personagem na novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, do filho que vai nascer (ele é casado com Taís Araújo, grávida de oito meses de um menino) e de seus projetos profissionais. Na conversa, o ator entrega que, por causa do designer, já apanhou na rua e foi até chamado de “safado”.

- As reações são semanais. Já teve a história da senhorinha que me deu um tapão nas costas. Acho que isso aconteceu na semana que o personagem estava sem querer assumir o filho. Fui descendo do elevador, ai essa senhorinha virou-se e falou para mim: ‘acho que te conheço’. Respondi: ‘acho que a senhora me conhece mesmo’. Nisso, ela falou: ‘ah, você é aquele safado’ e me deu um tapão nas costas. Na hora, pensei: que legal…. Mas, quando eu olhei, ela foi embora, não voltou para dizer que era brincadeira – conta Lázaro, levando a situação no bom humor.

“Essa coisa de paternidade está me rondando até no trabalho, o André acabou de ser pai…Tudo está me levando a pensar nesse assunto”, diz. “No primeiro momento (quando soube que ia ter um filho), o que me veio foi um senso de responsabilidade gigante. Pensar que vai ter uma pessoa que vai depender de mim pelo menos até os 18 anos. Por outro lado, é uma alegria sem tamanho. Não encontro palavras para essa sensação. E estou ansioso”.

“É um personagem intrigante que estou descobrindo aos pouquinhos… Porque eu acho que ele inaugura um arquetipo de personagem em novela”. “O personagem é mocinho? Não é? É vilão? Não é? É galã? Não é. Ele é um monte de coisa”. “De repente, quando começa a relação dele com a Carol, pensei: ‘hum, esse cara tem uma coisa aí que é quase uma anomalia, essa fuga da relação familiar, que se confirmou com a aparição do pai dele”. “Eu pessoalmente não gosto desse tipo de comportamento, sou apegado à família, sou muito mais bem-humorado, mas eu acho que é bacana quando a novela levanta essas discussões. E o Gilberto e o Ricardo têm essa pimenta”. “O André é um extremo de comportamento, teve um cara que me falou que ele era doente. Agora estou em lua de mel com ele porque ele está descobrindo que está apaixonado pela Carol, mas ele se acha muito”.

”Essa questão racial no Brasil é complexa mesmo, cada um tem uma opinião e isso toca no afeto das pessoas de maneira distinta. Mas ele, se você for pensar, ele inaugura uma coisa totalmente diferente do que já teve. Esse personagem está num lugar que permite várias interpretações dele mesmo. Olha as características: é um cara que é arrogante, ao mesmo tempo absolutamente competente, tem muita autoestima, é desejado pelas mulheres mas tem uma coisa que parece uma doença, como disse o rapaz na rua outro dia… Esse é um novo arquetipo. Eu estou junto com o público entendendo o que o autores querem nos contar. Mas eu torço para que ele descubra o valor de uma família, que o amor transforme ele”.

“Quanto mais o tempo passa, mais eu gosto dessa coisa de direção”, diz Lázaro, que está cheio de projetos com o também ator Flávio Bauraqui. Além de cinema e teatro, ele fala ainda sobre o lançamento de seu livro, “A velha sentada”, que conta a história de Edith, uma menina de baixo autoestima que passa o tempo todo em frente ao computador. “O livro aborda do uso da tecnologia com responsabilidade”, explica.

KOGUT

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