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Elizângela (foto) |
Quanto aos parentes, o companheiro adiantou que as três filhas de Elizangêla, todas do primeiro casamento, de 17, 16 e 12 anos, são as mais abaladas com o drama. “Uma tragédia. Eu sou carioca e moro em Natal faz cinco anos. Nunca imaginei sofrer uma violência tão grande como essa”, acrescentou o reservista. Apesar da gravidade da situação, o militar garante que não deixará a cidade. “Jamais. Vim para Natal pra ficar”. O disparo que atingiu as costas de Elizângela, segundo os familiares, alojou-se na 7ª vértebra, perfurou o pulmão e ocasionou uma hemorragia interna.
Com a confirmação da paralisia das pernas, ela continua internada no setor de politraumas do hospital, sem previsão de alta médica. A funcionária da padaria, Uliane Silva de Pinto, 29, que também saiu ferida após os disparos realizados pelos marginais, recebeu alta e ontem voltou pra casa.
No momento dos tiros, ela operava a caixa registradora do estabelecimento. Foi a primeira a dar de cara com os bandidos. Segundo o relato dos policiais que atenderam a ocorrência, os dois ladrões que entraram na padaria e anunciaram o assalto, já haviam pegado todo o dinheiro quando abriram fogo. O prejuízo foi de R$ 100. O assalto à Padaria Petrópolis aconteceu por volta de uma hora da tarde da quinta-feira. Muitas pessoas almoçavam quando dois jovens armados, de cara limpa, se aproximaram do caixa e anunciaram o assalto.
Imagens obtidas pela reportagem revelam que um deles fez vários gestos com o dedo indicador sobre os lábios ordenando que Uliane ficasse em silêncio. Na sequência, os dois pegam o dinheiro da registradora e produtos que estavam sobre o balcão. Depois, o jovem que aparenta ser menor de idade percebe que um dos clientes atendeu uma ligação telefônica. Assustado, provavelmente acreditando que o homem havia ligado para a polícia, o bandido se aproxima com a arma e atira três vezes.
Dois tiros atingiram a barriga e o braço do cliente, no caso o vendedor Aldemir Pereira de Souza Neto, 21, empregado da Embratel. Os mesmos tiros que acertaram Aldemir ricochetearam e atingiram as duas mulheres, pois nenhuma bala ficou alojada no corpo do rapaz. Aldemir Neto permanece internado, mas não corre risco de morte.
Reportagem do NOVO Jornal
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