O deputado Kelps Lima lamentou na Assembleia Legislativa a inércia do Poder Público em combater o “descalabro” que está instalado no trânsito de Natal.
Há algumas semanas, o deputado e os vereadores Rafael Motta e Paulinho Freire apresentaram uma série de sugestões de melhorias para a mobilidade urbana, sendo que o prefeito Carlos Eduardo chegou a recebê-los em audiência e já começou a implantar uma das sugestões: que é o disciplinamento do tráfego de veículos de cargas em determinados horários da cidade.
Apesar dessa medida, o deputado acha que tanto Prefeitura como Governo do Estado podem fazer muito mais. "A Prefeitura tem de dar uma resposta na fiscalização de pontos simbólicos da cidade, como na Praça dos Três Poderes e em frente a Câmara Municipal. Enquanto não mexer nos lugares onde ficam os Poderes mais fortes da cidade, a SEMOB não terá respaldo moral para fiscalizar as demais áreas de Natal".
“No tocante ao Governo do Estado, porém, até hoje não houve resposta sequer se a governadora tem interesse em receber a mim e aos vereadores Rafael Motta e Paulinho Freire para, pelo menos, ouvir as sugestões de melhoria de trânsito em Natal”.
Kelps teme que o Governo do Estado não tenha a habilidade necessária para conduzir os muitos milhões que estão previstos para serem gastos em mobilidade urbana nos próximos meses, pois o único pensamento governamental no momento é o relacionado às obras, sem se ater à gestão. “O pior é que esse dinheiro que vem para as obras só virá uma vez e será pago pelo contribuinte natalense, pois são recursos oriundos de empréstimos. Se for mal gasto, será uma tragédia para os cofres públicos”.
O deputado parabenizou a campanha iniciada pelo do Novo Jornal, do jornalista Cassiano Arruda Câmara, intitulada “Trânsito: Sem lei, sem dono”, feita com base em jornalismo colaborativo e com o objetivo de ajudar na melhoria do tráfego na capital.
Kelps citou a atitude do jornal para ilustrar que há um interesse das instituições e pessoas em discutir e enfrentar o problema, mas, infelizmente, “ao mesmo tempo em que o tema está mobilizando vários segmentos da sociedade, não mobiliza quem tem o dever de operar essas melhorias, que são os organismos públicos que cuidam da fiscalização”.
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